[Resenha] Eu sou o número quatro - Pittacus Lore


Nome: Eu sou o número quatro (Livro 1)
Título Original: I am number four
Autor: Pittacus Lore
Gênero: Ficção científica / Romance / Ação
Tradutora: Débora Isidoro
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788580570137
Ano: 2011
Páginas: 352
Classificação: 4,5 estrelas
Sinopse: Nove de nós vieram para cá. Somos parecidos com vocês. Falamos como vocês. Vivemos entre vocês. Mas não somos vocês. Temos poderes que vocês apenas sonham ter. Somos mais fortes e mais rápidos que qualquer coisa que já viram. Somos os super-heróis que vocês idolatram nos filmes e nos quadrinhos — mas somos reais. 
Nosso plano era crescer, treinar, ser mais poderosos e nos tornar apenas um, e então combatê-los. Mas eles nos encontraram antes. E começaram a nos caçar. Agora, todos nós estamos fugindo. Vivemos nas sombras, em lugares onde nunca seremos procurados, tentando não ser notados. Vivemos entre vocês sem que vocês saibam. Mas eles sabem.
O Número Um foi capturado na Malásia. 
O Número Dois, na Inglaterra. 
E o Número Três, no Quênia. 
Eu sou o Número Quatro. 
Eu sou o próximo.

Frase preferida: "Aquele que não conhece a história está fadado a repeti-la. E quando a história é repetida, os riscos são dobrados."

Resenha:


Eu sou o número quatro é o primeiro livro da série Os Legados de Lorien. A história conta sobre os lorienos, habitantes de um planeta que foi dizimado por outra raça alienígena chamada de mogadorianos. Nove crianças e seus guardiões foram enviados para a Terra numa tentativa de salvar algo do planeta, os assassinos vieram atrás para terminar o serviço. Um encantamento protege as crianças: elas só podem morrer na ordem numérica, mas o feitiço se quebra se as crianças ficarem juntas. Por isso elas estão espalhadas por todo o planeta Terra. Três já foram encontrados e mortos. Quatro é o próximo, ele e seu guardião (cêpan, como são chamados em  Lorien) têm de fugir para se esconderem até Quatro desenvolver seus legados – poderes desenvolvidos por alguns habitantes de Lorien, os Gardes. Seu nome agora é John Smith e o de seu cêpan é Henri. Sua próxima moradia será em Paradise, Ohio.
Na nova cidade, John encontra um amigo, Sam, e uma garota por quem se apaixona, Sarah. A garota é filha da corretora de imóveis da cidade, é popular, simpática e adora tirar fotografias, já Sam é um garoto fissurado em alienígenas, do tipo que sofre nas mãos dos valentões do colégio. Um desses valentões é Mark, ex-namorado de Sarah.
Normalmente, John não se envolveria muito com as pessoas para não ter que dar algumas explicações que estragariam seu disfarce e o faria mudar de cidade novamente. Desta vez foi inevitável, seus sentimentos falaram mais alto e ele acaba se apaixonando por Sarah e criando uma grande amizade com Sam. Infelizmente, John não pode se dar a luxos como esses, ele não é como os outros. Pertence a outro mundo, outro planeta. Seus descuidos levaram-no a correr riscos e colocar seus próximos em perigo também.
Precisará desenvolver seus legados e contar com ajuda, se quiser sobreviver quando os mogadorianos o encontrarem.



Eu amei o livro, a história é muito bem contada, a sequência que o autor dá é gostosa e te dá vontade de ler tudo de uma vez. A escrita do livro é pausada demais no início, com muitos pontos, mas depois melhora e acabamos acostumando.
O que achei muito interessante foi a parte do livro que conta os motivos de Lorien ter sido invadido e a comparação com a Terra. Os lorienos passaram por momentos difíceis: o planeta estava morrendo e os recursos se esgotando, mas os habitantes se conscientizaram a tempo de conseguir salvá-lo. Depois de um tempo, com os cuidados tomados para que o planeta progredisse e não o contrário, alguns começaram a desenvolver poderes, como se fosse um presente pelos cuidados que tomaram. Já os mogadorianos poluíram e estragaram seu planeta natal e não tomaram as mesmas providências que os lorienos. Em vez de tentar mudar os hábitos, invadiram Lorien, mataram seus habitantes e roubaram seus recursos. Houve guerra e resistência, claro, mas Lorien era cinco vezes menor que Mogadore e foi derrotado. Mogadorianos e o restante dos lorienos agora estão na Terra, o maior planeta dos citados até agora, para finalizar essa guerra. Porém os caras maus não estão no planeta água apenas para terminar o que começaram, mas para estudar os humanos e as condições deste mundo.
Falando agora sobre o número Quatro. Por que esses heróis modernos têm sempre que serem burros e deixarem se levar pelos sentimentos? Não sei se é porque sou prática com essas coisas e levo mais em conta a razão à emoção na maioria das vezes, mas me dá uma raiva muito grande. Ele tem um destino grandioso e acaba colocando todos em perigo. Ele podia apenas ser cauteloso, ouvir Henri e se esconder até desenvolver seus legados, mas não... Ele começa a namorar, arruma inimigos, se envolve em um incêndio e Sam descobre sua verdadeira identidade. Para piorar, esconde de Henri a verdadeira tragédia que aconteceu na noite do incêndio, vai parar na internet. Nem desenvolveu todos os legados e grita “Ei, mogadorianos, podem vir me matar, estou aqui”. Burradas e mais burradas. 


Sorte de John ter alguém como Sam ao lado dele. É corajoso, apesar de não ser muito alto ou forte. Fiel e amigo para todas as horas. Posso estar puxando saco porque o elegi como meu personagem preferido do livro, mas ele é tão fofo e tão diferente – de um modo bom – que devo esperar de quem ler, que concorde comigo. Além de tudo isso, o crescimento do personagem é maravilhoso. Simplesmente maravilhoso.
Eu e minha mania de gostar de personagens secundários...



Como bom sortudo, John é encontrado pela número Seis, uma garota inteligente e com todos os Legados desenvolvidos, que o ajuda a enfrentar os mogadorianos que vieram matá-lo. O encantamento é quebrado, por isso agora eles precisam encontrar as outras crianças que vieram com eles de Lorien. Reunir forças para enfrentar e ter alguma chance contra os seres horrendos de Mogadore.

Falando em personagens secundários, o cachorrinho Bernie Kosar é um amor. Um cachorrinho peculiar. Outro amigo fiel. Se eu pudesse defini-lo em uma palavra, seria surpreendente. Leia e entenda o porquê.



Uma última nota: Ansiosíssima para ler o próximo da série. Que venha O poder dos seis!


Até a próxima!



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