[Resenha] A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista, da Jennifer E. Smith

Nome: A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista |  Autora: Jennifer E. Smith | Gênero: Romance | Editora: Galera Record | Ano: 2013 | Páginas: 224
  Sinopse: Com uma certa atmosfera de Um dia, mas voltado para o público jovem adulto, A probabilidade estatística do amor à primeira vista é uma história romântica, capaz de conquistar fãs de todas as idades. Quem imaginaria que quatro minutos poderiam mudar a vida de alguém? Mas é exatamente o que acontece com Hadley. Presa no aeroporto em Nova York, esperando outro voo depois de perder o seu, ela conhece Oliver. Um britânico fofo, que se senta a seu lado na viagem para Londres. Enquanto conversam sobre tudo, eles provam que o tempo é, sim, muito, muito relativo. Passada em apenas 24 horas, a história de Oliver e Hadley mostra que o amor, diferentemente das bagagens, jamais se extravia.
Trecho Preferido: “O amor é a coisa mais estranha e sem lógica do mundo.”

    Apesar do título que remete diretamente à um romance, A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista vai muito além do que um amor juvenil em um aeroporto, ele também fala de família.

    Hadley acaba de se atrasar para pegar um voo, mas não qualquer um, era aquele que a levaria para o casamento do próprio pai. Um casamento onde ela não deseja estar de forma alguma e que nem mesmo conhece a noiva, sua nova madrasta. Sozinha e desamparada no aeroporto, é assim que ela conhece Oliver, um britânico charmoso e divertido que também está indo para Londres.

    Eles se conhecem no aeroporto quando Oliver se oferece para fazer companhia à garota e durante o voo se tornam ainda mais próximos. Sentados um ao lado do outro durante as longas horas sobrevoando o atlântico, o garoto com todo seu senso de humor tenta ajudar Hadley a superar sua claustrofobia, eles conversam, dividem suas experiências e angustiam sobre suas famílias e também se apaixonam.

    Como eu disse o livro não trata somente do romance entre os protagonistas, trata também de questões familiares, e para mim, foi algo extremamente positivo para a narrativa. O pai de Hadley deixa os Estados Unidos após conseguir um emprego na Inglaterra, porém ela e a mãe continuam por lá, e essa separação acaba resultando no divórcio do casal. É então que Hadley percebe o pai cada vez mais distante e diferente daquele que conhecia. A personagem acaba se fechando para ele, e durante toda a narrativa vemos Hadley lidar com a nova vida do pai e tudo de diferente que isso trouxe para a sua vida. 

    Com medo e insegura sobre essa nova vida que o pai vai começar longe dela, Hadley se preocupa também com o fato de se afastar de Oliver. Mesmo que de forma breve, o garoto foi uma distração para seus problemas, além de uma companhia adorável. Entretanto, uma hora o avião vai pousar e cada um vai precisar seguir o seu caminho. Será que essa paixão vai durar mais que algumas horas?

“No final das contas, não são as mudanças que partem o coração, e sim esse quê de familiaridade.”

    Porém, todo o amor à primeira vista e o casamento indesejável acabam trazendo momentos e ensinamentos tão importantes que acabam fazendo Hadley mudar a forma como enxerga e interpreta as coisas. Uma verdadeira evolução na personagem.

    A história toda se passa em 24 horas, então acaba sendo tudo bem rápido. Não tem muita enrolação, entre os momentos de Hadley e Oliver durante o voo, temos os flashbacks e reflexões da menina. A autora soube encaixar de uma forma que não deixasse a história cansativa. 

“As pessoas falam sobre livros como meio de fuga, mas ali no metrô o livro faz o papel da própria linha da vida.” 



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