[Resenha] Se Eu Ficar, da Gayle Forman | Livro X Filme

Nome: Se Eu Ficar | Autora: Gayle Forman | Gênero: Romance/Drama | Editora: Novo Conceito | Ano: 2013 | Páginas: 224
Sinopse: A última coisa de que Mia se lembra é a música. Depois do acidente, ela ainda consegue ouvir a música. Ela vê o seu corpo sendo tirado dos destroços do carro de seus pais mas não sente nada. Tudo o que ela pode fazer é assistir ao esforço dos médicos para salvar sua vida, enquanto seus amigos e parentes aguardam na sala de espera... E o seu amor luta para ficar perto dela. Pelas próximas 24 horas, Mia precisa compreender o que aconteceu antes do acidente e também o que aconteceu depois. Ela sabe que precisa fazer a escolha mais difícil de todas.
Trecho Preferido: "Às vezes você faz escolhas na vida e outras, as escolhas vêm até você."

Se eu ficar foi um dos livros que escolhi para ler na MLV e também o escolhido para o desafio de janeiro do #desafiodnaliterario2018 (se quiser participar, saiba mais no nosso instagram). Foi uma leitura sem muitas emoções porque eu já tinha assistido ao filme, ainda assim eu lacrimejei em alguns momentos, mesmo sabendo o que iria acontecer.

A trama gira em torno de Mia e Adam, um casal de adolescentes que se apaixonam e são ligados pela música. Você se engana se acha que essa é só mais uma história de amor boba entre dois jovens. É sobre amor, mas também sobre superação, união, família, perdas e tudo isso embalado pelos acordes de um violoncelo e uma guitarra.

Mia é uma garota quieta e determinada, que se dá muito bem com sua família e se sente muito bem atrás do enorme instrumento que toca desde pequena: o violoncelo. É apaixonada por música clássica e leva a sério seus treinamentos. É por causa da música que ela conhece Adam, um ano mais velho e roqueiro de carteirinha. Ele é guitarrista e vocalista numa banda formada com os amigos. Apesar de jovens, o amor que surge entre eles é puro e verdadeiro. Mas a vida não é só arco-íris, também é tempestade. E como a própria mãe da protagonista diz: dezessete anos é uma péssima idade para se apaixonar.


Num belo dia, Mia e sua família vão passear de carro e sofrem um acidente. Inexplicavelmente, ela vê seu próprio corpo sendo socorrido pelos paramédicos, que tentam salvá-la de todas as maneiras. Enquanto todos que a amam aguardam na sala de espera de um hospital, Mia observa tudo sem que ninguém a veja ou a sinta. Alternando entre flashbacks e momentos do presente – após o acidente – o livro narra sob o ponto de vista de Mia a escolha que ela terá que fazer: ficar ou desistir.

Como eu disse, a história em si não foi nenhuma surpresa por eu já ter assistido ao filme — bem fiel, por sinal — dirigido por R.J. Cutler. Agora que li também o livro, posso dizer que Se eu ficar foi uma das melhores adaptações que eu já assisti — leia a resenha completa do filme. Algumas cenas diferentes, mas o que mudaram ficou muito bom e eu gostei bastante. Inclusive, no final do livro tem duas entrevistas da autora com os protagonistas que fizeram Mia e Adam do cinema: Chloë Grace Moretz (A invenção de Hugo Cabret, Kick-Ass, A Quinta Onda e Carrie, a estranha) e Jamie Blackley (O Homem Irraciona, O Quinto Poder e Branca de Neve e o Caçador).


Ambos se encaixaram muito bem nos personagens e descobrimos algumas coisas interessantes, como o fato deles pensarem na Chloë antes mesmo dela ter idade para interpretar a Mia. E a escolha do Adam foi igualmente minuciosa, tanto que só foram encontrar o ator perfeito em outro país. Os produtores queriam que o filme transpirasse música, para isso precisava de atores que também tocassem os instrumentos dos personagens. Jamie já tocava e cantava, ainda assim, precisou treinar exaustivamente para aprender as músicas feitas especialmente para o filme. Quanto a Chloë, pelo que li, ela aprendeu como é o comportamento de violoncelistas, a respiração, o movimento e todos os detalhes, mas nas cenas, era feito um jogo de edição com uma violoncelista de verdade tocando, mas parecendo que era a própria Chloë ali.


No filme, eles também mudam o nome da banda de Adam. No livro, ela se chama Shooting Stars (que eu achava um nome bem legal), mas na adaptação se transformou em Willamette Stone, em homenagem a um marco da cidade de Portland, em Oregon, o Willamette Stone State Heritage Site. Há outras pequenas mudanças super aceitáveis por ser uma adaptação, duas mídias diferentes exigem abordagens diferentes. O filme, inclusive, conseguiu ser bem mais emocionante que o livro, independente se você viu antes ou depois de ler o livro.

O que mais chama a atenção e o que mais me encantou no filme foi a trilha sonora, sem dúvidas. Tanto as canções originais, reproduzidas por Jamie e a banda, como a trilha sonora num todo. Eu ainda ouço no spotify a playlist do filme, porque realmente fizeram um ótimo trabalho e a voz do Jamie é maravilhosa, muito gostosinha de ouvir. Ouça aqui!


É impressionante a semelhança do livro com sua adaptação, mas como eu disse, o filme conseguiu ser ainda mais emocionante. A narrativa da Gayle Forman é tranquila de ler, as referências que ela faz são ótimas e o final foi sensacional (pelo menos, para mim), mas talvez eu tenha gostado também por saber que existe uma continuação, nunca saberei ao certo (aliás, a edição que li possui também um trecho da sequência Para onde ela foi, que é no ponto de vista do Adam, já quero ler logo!). Mesmo assim, o livro foi muito mais suave que o filme, cheguei a ler que, em alguns lugares, distribuíram lencinhos nas sessões (sério!). E realmente o filme consegue fazer os espectadores chorarem com mais facilidade do que a versão literária.


Amo histórias que envolvem música e também gosto de dramas adolescentes, então Se eu ficar tinha tudo para ser uma ótima experiência para mim. E, realmente, acabou sendo. Tanto livro, quanto filme, atenderam minhas expectativas. Li que talvez tenha adaptação da sequência também, estarei esperando ansiosamente e que seja tão bom quando o primeiro.

P.S.: Para quem leu a resenha do filme também, saiba que eu consegui fazer todos os itens da minha listinha rs. E sim, eu mudei minha frase favorita.

P.S.2: Não esqueça de participar do nosso TOP COMENTARISTA DO MÊS, tem prêmios super legais!


Fotos: 1 - 2

Comentários

  1. Ta vacilando quem não assistiu esse filme. Mireille Enos é uma ótima atriz, é muito talentosa e bonita, não há filme que não me surpreenda. É espectacular, superou as minhas expectativas, adoro os filmes de Mireille Enos, considero que é um excelente ator, o vi em Meu Jantar Com Hervé, adorei! Já a viste? Eu recomendo, este filme é um dos bons filmes de drama que estreou o ano passado. É impossível não se deixar levar pelo ritmo da historia. É algo muito diferente ao que estávamos acostumados a ver.

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